sexta-feira, 4 de maio de 2012

A psicografia como prova no processo judicial

Apresentada como tese de mestrado no UNIVEM, em Marília-SP, a dissertação alcançou a nota máxima A jovem confreira Michele Ribeiro de Melo (foto), de Tupã-SP, defendeu no dia 10 de fevereiro deste ano, no UNIVEM - Centro Universitário Eurípedes de Marília, na cidade de Marília-SP, sua dissertação de Mestrado em Teoria Geral do Direito e do Estado que teve como tema "A Psicografia como Prova Judicial". A tese da mediunidade como fenômeno natural e o caráter científico da Doutrina Espírita, legitimado pela comunidade científica, fundamentaram a dissertação apresentada, que obteve a nota máxima e o incentivo à publicação do estudo em um livro, previsto para ser publicado no segundo semestre deste ano. O professor orientador foi o Dr. Nelson Finotti Silva.
A Banca examinadora (foto) foi constituída pelos professores-doutores Marcelo Souza Aguilar, Nelson Finotti Silva e Oswaldo Giacóia Júnior. O texto a seguir é um resumo da dissertação apresentada, redigida, a pedido nosso, pela própria autora. A psicografia como elemento de prova judicial Primeiramente abordou-se na dissertação a questão da concepção de ciência, enfatizando-se que a teoria espírita é científica, uma vez que não afronta os critérios de legitimação do conhecimento científico produzido e reconhecido pela comunidade científica internacional, mas, ao contrário, é por ela legitimada. A Ciência Espírita não entra em conflito com qualquer teoria científica madura, como por exemplo a Física, e não se confunde com nenhuma delas, porque elas tratam de fenômenos diferentes; em verdade, elas se complementam. No segundo capítulo tratou-se dos princípios constitucionais do processo e os princípios que regem as provas Destacou-se o Princípio da Liberdade Probatória pelo qual em nosso sistema processual existe a liberdade de apresentação das provas, ou seja, não existe limitação quanto aos meios probatórios, dada a importância da prova no processo, pois é por meio dela que o juiz formará sua convicção para julgar. O único limite ou restrição existente diz respeito à prova obtida por meio ilícito. Outro importante princípio citado no trabalho é o Princípio do Livre Convencimento Motivado, ou da Persuasão Racional, em que o magistrado possui liberdade para valorar as provas de acordo com seu livre convencimento, existindo a obrigação de fundamentar a decisão. O direito à prova é uma garantia fundamental No terceiro capítulo tratou-se das provas, enfatizando-se que o direito à prova, além de decorrer das garantias constitucionais da ação, ampla defesa e contraditório, é também ratificado pelo Pacto de São José da Costa Rica e pelo Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos de 1966. Em face disso, o direito à Prova é uma garantia fundamental. Por fim, no quarto capítulo, analisou-se a utilização da psicografia no judiciário. Para tanto, houve a necessidade de conceituar alguns termos que fogem ao conhecimento jurídico como o que é Espírito, o que é mediunidade e quais os tipos conhecidos de mediunidade. Nesse capítulo fez-se uma análise histórica do fenômeno mediúnico, que ocorre desde a Antiguidade, em que se observa a prática da mediunidade em diferentes povos e culturas, a exemplo da Grécia antiga, onde era comum a comunicação entre os homens e os Espíritos. O estudo passou pela Idade Média e pela Moderna até chegar à Idade Contemporânea, destacando aí os fenômenos de Hydesville, os estudos de Ernesto Bozzano, Friedrich Zöllner, Camille Flammarion, Charles Richet, César Lombroso e William Crookes, entre outros pesquisadores citados no trabalho. Destacou-se na contemporaneidade a mediunidade de Carmini Mirabelli, Eurípedes Barsanulfo, Divaldo Pereira Franco e Francisco Cândido Xavier. Não há em nosso sistema limitações à prova Tratou-se nesse capítulo da utilização da carta psicografada como prova judicial, observando-se que o texto psicografado, quando juntado aos autos processuais, terá o caráter de prova documental e dessa forma estará sujeito a todas as regras concernentes às provas documentais, podendo mesmo ser impugnado ou ter sua falsidade arguida. A prova psicografada poderá ainda ser analisada pela perícia competente no estudo da grafia – a perícia grafotécnica. Destacou-se então a pesquisa realizada pelo professor e perito Carlos Augusto Perandréa em seu trabalho científico intitulado “A Psicografia à Luz da Grafoscopia”. Graças às pesquisas de Perandréa a comprovação das mensagens dos Espíritos foi comprovada cientificamente por meio da ciência grafoscópica. Lembrou-se que ocorreram casos em que mensagens psicografadas foram levadas a juízo para serem valoradas como prova, porém em nenhum deles foi efetuado o estudo pericial grafotécnico da assinatura. Foram citados ainda nesse capítulo os casos mais emblemáticos de mensagens psicografadas apresentadas como prova no Judiciário. Salientou-se de novo que em nosso Sistema Jurídico não existem limitações quantos aos meios probatórios, admitindo-se as provas não especificadas nos códigos processuais com base no Princípio da Liberdade Probatória e do Livre Convencimento do Juiz. O único limite existente em relação à liberdade probatória é a vedação da prova considerada ilícita, mas a psicografia não é prova ilícita, uma vez que não foi colhida mediante violação de direito. Dessa forma, não existe dúvida de que a prova psicografada pode ser admitida no processo como prova judicial. A finalidade do processo é a busca pela verdade A psicografia não ofende o Estado Laico, garantido pela Constituição Federal, que prevê a liberdade de crenças e cultos religiosos, uma vez que a psicografia não tem nada de sobrenatural, é um fenômeno próprio do ser humano, possui natureza científica e não se apoia em nenhum dogma religioso. A psicografia, - lembrou-se então -, não foi inventada pela Doutrina Espírita, uma vez que a mediunidade é fenômeno absolutamente natural. A Doutrina Espírita, por meio de seu codificador Allan Kardec, tão-somente explicou o que é mediunidade e qual o seu mecanismo. Ressalte-se, ainda, que a psicografia não ofende os princípios constitucionais ou processuais e a negação de sua utilização é que acarretaria a inobservância dos princípios constitucionais como a ofensa à garantia fundamental do direito à prova. Como os fenômenos mediúnicos, e portanto a psicografia, fazem parte do nosso contexto histórico, os casos de mensagens psicografadas levados a juízo para a valoração como prova tendem a aumentar, razão pela qual o Poder Judiciário precisa conhecer o assunto para solucionar os casos com justiça. Conclui-se, portanto, que as mensagens psicografadas podem e devem ser aceitas como prova judicial, uma vez que a finalidade do processo é a busca pela verdade e, por conseguinte, a busca pela justiça. -- Rosi Possebon Vice-Presidente Doutrinário

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Caravana da Fraternidade Regional

Neste dias 27 e 28 de abril, estivemos em Pinheiro Machado e Candiota, dando continuidade na Caravana da Fraternidade Regional e tivemos uma ótima recepção por parte dos irmãos de ambas as cidades, confraternizamos, trocamos experiências e buscamos novos caminhos e soluções para as necessidades de cada Casa Espírita, ficamos agendados para Jornada e Palestra para o mês de maio e junho.
Caríssimos amigos-irmãos contem sempre com o Conselho Regional Espírita da 6ª Região Federativa da Federação Espírita do Rio Grande do Sul, para o que precisarem, somos irmãos a disposição para trabalharmos juntos seguindo as orientações da Veneranda Doutrina dos Espíritos. Irmãos muita paz. "Se trilharmos os caminhos que outros já trilharam descobriremos coisas que todos já descobriram, precisamos trilhar caminhos novos, para encontrar coisa que ainda ninguém descobriu."

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Caravana da Fraternidade

Neste dia 27 de abril de 2012, daremos continuidade a Caravana da Fraternidade Regional da 6ª Região Federativa, hoje estaremos visitando às cidades de Pinheiro Machado, às 19h00min,e na manhã do dia 28, sábado, às 09h30min,em Candiota, juntamente com aqueles valorosos irmãos disseminadores das idéias Espíritas que deverão renovar a Humanidade, a partir da mudança comportamental. Nos disse o Professor José Herculano Pires, em seu livro O Homem Novo, oportunamente escreveu: "Enquanto o homem não melhora, o mundo não se transforma. Inútil, pois, apelar para modificações superficiais. Temos de insistir na mudança essencial de nós mesmos." Quando vivemos bem conosco, convivemos bem com os outros, contornando com jovialidade as intempéries dos relacionamentos. Mesmo os conflitos e antipatias, que tenham raízes mais profundas no passado reencarnatório dos envolvidos, podem ser, se não totalmente resolvidos nessa existência, pelo menos amenizados. Para isso bastará a vontade e determinação das pessoas, mesmo para a busca de recursos externos, como em alguns casos, de terapias psicológicas. Meus amigos, até logo mais.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

155 Anos de O Livro dos Espíritos

O Livro dos Espíritos (Le Livre des Esprits) é o primeiro livro sobre a doutrina espírita publicado pelo educador francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, cujo pseudônimo é Allan Kardec. O livro chama-se “O livro dos Espíritos” porque o conteúdo pertence aos “Espíritos”. Allan Kardec apenas formulou as perguntas, mas as respostas foram dadas pelos Espíritos através da mediunidade de várias jovens médiuns. Asmédiuns que serviram a esse trabalho foram inicialmente Caroline e Julie Boudin (respectivamente, 16 e 14 anos à época), às quais mais tarde se juntou Celine Japhet (18 anos à época) no processo de revisão do livro. O primeiro esboço continha 501 perguntas e respostas e foi submetido a comparação com as comunicações obtidas por outros médiuns franceses, totalizando em "mais de dez", nas palavras de Kardec, o número de médiuns cujos textos psicografados contribuíram para a estruturação de O Livro dos Espíritos, publicado em 18 de Abril de 1857, no Palais Royal, na capital francesa. Só a partir da segunda edição, lançada em 16 de março de 1860, com ampla revisão de Kardec mediante o contato com grupos espíritas de cerca de 15 países da Europa e das Américas, aparecem as atuais 1018 perguntas e respostas. A curiosidade sobre o assunto foi aumentando. Por isso, nasceram as outras obras da codificação a partir de O Livro dos Espíritos que está dividido em quatro partes: 1ª –DAS CAUSAS PRIMÁRIAS, 2ª – DO MUNDO ESPÍRITA OU MUNDO DOS ESPÍRITAS, 3ª – DAS CAUSAS MORAIS e 4ª – DAS ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES. Cada parte virou um novo livro. Vejamos: 1ª PARTE : DAS CAUSAS PRIMÁRIAS: deu origem ao 5º livro "A GÊNESE" (1868). 2ª PARTE: DO MUNDO ESPÍRITA OU MUNDO DOS ESPÍRITOS: deu origem ao 2º livro "O LIVRO DOS MÉDIUNS" (1861). 3ª PARTE: DAS CAUSAS MORAIS: deu origem ao 3º livro "O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO” (1864). 4ª PARTE: DAS ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES: deu origem ao 4º livro "O CÉU E O INFERNO”(1865).

domingo, 18 de março de 2012

CARAVANA DA FRATERNIDADE REGIONAL PRIMEIRA FASE

Começamos neste sábado dia 17/03/12, às 09h00min, em São Gabriel, numa reunião histórica, tendo em vista que, esta é a primeira reunião que convencionamos chamar de Caravana da Fraternidade Regional, que tem como objetivo, visitar todas as cidades que fazem parte da 6ª Região Federativa da Federação Espírita do Rio Grande do Sul, onde foram reunidos dirigentes e trabalhadores, tratando de assuntos doutrinários e de unificação. Veja a foto da reunião de São Gabriel.

Logo a seguir às 15h00min a Caravana dirigiu-se a cidade de Cacequi, reunindo também, dirigentes e trabalhadores numa reunião onde foram abordados vários assuntos de interesse daquela comunidade. (veja foto)
Concluindo os trabalhos desta primeira jornada, reunimo-nos em Rosário do Sul com os dirigentes e trabalhadores, também, em uma reunião memorável, nos dando entusiasmo para continuarmos a caminho na busca de: trabalhar, amar e servir, em nome da venerável Doutrina dos Espíritos. (foto da reunião em Rosário do Sul)

Nesta primeira visitação estiveram realizando as referidas visitações o Presidente, Vice-Presidente do CRE6 e representando a FERGS a irmã Rosi Possebom, a quem nós agradecemos sinceramente pela contribuição eficiente e acima de tudo comprometida com o Movimento de Unificação, nosso agradecimento a irmã Rosi e a Federação Espírita do Rio Grande do Sul.
No dia 24/03/12, sábado, estaremos em Aceguá, Candiota e Pinheiro Machado, esperamos fazermos uma excelente jornada.

terça-feira, 13 de março de 2012

ESTEJAMOS ATENTOS!

Publicado na Revista Espírita de dezembro de 1863
(Reunião particular. 25 de fevereiro de 1863)
(Médium, Sr. d’Ambel)
Há no momento uma recrudescência de obsessão, resultado da luta que inevitavelmente devem sustentar as ideias novas contra seus adversários encarnados e desencarnados. Habilmente explorada pelos inimigos do Espiritismo, a obsessão é uma das provas mais perigosas que ele terá de sofrer, antes de se fixar de maneira estável no espírito das populações, por isto deve ser combatida por todos os meios possíveis, e sobretudo pela prudência e pela energia de vossos guias espirituais e terrestres.
De todos os lados surgem médiuns com supostas missões, chamados, ao que dizem, a tomar em mãos a bandeira do Espiritismo e plantá-la sobre as ruínas do velho mundo, como se nós viéssemos destruir, nós que viemos apenas para construir.
Não há individualidade, por medíocre que seja, que não tenha encontrado, como Macbeth, um Espírito para lhe dizer: “Tu também serás rei”, e que não se julgue designada a um apostolado muito especial.
Há poucas reuniões íntimas, e mesmo grupos familiares, que não tenham contado entre os seus médiuns ou seus simples crentes, uma alma bastante enfatuada para se julgar indispensável ao sucesso da grande causa; muito presunçosa para contentar-se com o modesto papel do obreiro que traz a sua pedra para o edifício. Ah! meus amigos! Quanto empenho por pouco resultado!
Quase todos os novos médiuns, em seu início, são submetidos a essa perigosa tentação. Alguns resistem a isso, mas muitos sucumbem, ao menos por algum tempo, até que sucessivos revezes venham desiludi-lo.
Por que permite Deus uma prova tão difícil, senão para provar que o bem e o progresso jamais se estabelecem em vosso íntimo sem trabalho e sem combate; senão para tornar o triunfo da verdade mais brilhante pelas dificuldades da luta? O que querem certos Espíritos da erraticidade, fomentando entre as mediocridades da encarnação essa exaltação do amor-próprio e do orgulho, senão entravar o progresso? Sem o querer, eles são os instrumentos da provação que porá em evidência os bons e os maus servos de Deus. A este, tal Espírito promete o segredo da transmutação dos metais, como a um médium de R...; àquele, como ao Sr..., um Espírito revela supostos acontecimentos que vão realizar-se, fixa as épocas, precisa as datas, nomeia os atores que devem concorrer ao drama anunciado; a tal outro, um Espírito mistificador ensina a incubação dos diamantes; a outros ainda indicam tesouros ocultos, prometem fortuna fácil, descobertas maravilhosas, a glória, as honrarias, etc. Numa palavra, todas as ambições e todas as cobiças dos homens são habilmente exploradas por Espíritos perversos. Eis por que de todos os lados vedes esses pobres obsedados preparando-se para subir ao Capitólio, com uma gravidade e uma arrogância que entristecem o observador imparcial.
Qual o resultado de todas essas promessas falaciosas? As decepções, os dissabores, o ridículo, por vezes a ruína, justa punição do orgulho presunçoso que se julga chamado a fazer melhor que todo mundo, desdenha os conselhos e desconhece os verdadeiros princípios do Espiritismo.
Tanto é a modéstia o apanágio dos médiuns escolhidos pelos bons Espíritos, quanto o orgulho, o amor-próprio e, digamo-lo, a mediocridade são os caracteres distintivos dos médiuns inspirados pelos Espíritos inferiores. Tanto os primeiros desprezam as comunicações que recebem, quando estas se afastam da verdade, quanto os últimos mantêm contra todos a superioridade do que lhes é ditado, mesmo que seja um absurdo.
Daí resulta que, conforme as palavras pronunciadas na Sociedade de Paris, por seu presidente espiritual, São Luís, uma verdadeira Torre de Babel está em vias de edificar-se entre vós. Aliás, fora preciso ser cego ou iludido para não reconhecer que à cruzada dirigida contra o Espiritismo pelos adversários natos de toda doutrina progressista e libertadora, se junta uma cruzada espiritual, dirigida por todos os Espíritos pseudossábios, falsos grandes homens, falsos religiosos e falsos irmãos da erraticidade, fazendo causa comum com os inimigos terrestres, em meio a essa multidão de médiuns por eles fanatizados, aos quais ditam tantas elucubrações mentirosas.
Mas vede o que resta de todos esses andaimes erigidos pela ambição, pelo amor-próprio e pela inveja. Quantos não vistes desabar e quantos ainda vereis desabar! Eu vos digo que todo edifício que não se assenta sobre a verdade, a única base sólida, cairá, porque só a verdade pode desafiar o tempo e triunfar de todas as utopias.
Espíritas sinceros, não vos amedronteis com o caos momentâneo. Não está longe o momento em que a verdade, desvencilhada dos véus com os quais querem cobri-la, sairá mais radiosa do que nunca, e em que a sua claridade, inundando o mundo, fará voltarem para a sombra seus obscuros detratores, por um instante postos em evidência para a sua própria confusão.
Assim, pois, meus amigos, tendes que vos defender, não só contra os ataques e calúnias de vossos adversários vivos, mas também contra as manobras ainda mais perigosas dos adversários da erraticidade. Fortalecei-vos, pois, em estudos sadios, e sobretudo pela prática do amor e da caridade, e retemperai-vos na prece. Deus sempre ilumina os que se consagram à propagação da verdade, quando agem de boa-fé e desprovidos de toda ambição pessoal.
Além disso, espíritas, que vos importam os médiuns que, afinal de contas, não passam de instrumentos! O que deveis considerar é o valor e o alcance dos ensinamentos que vos são dados; é a pureza da moral que vos é ensinada; é a clareza e a precisão das verdades que vos são reveladas; é, enfim, ver se as instruções que vos dão correspondem às legítimas aspirações das almas de escol, e se estão em conformidade com as leis gerais e imutáveis da lógica e da harmonia universal.
Os Espíritos imperfeitos, que representam um papel de apóstolo junto a seus obsedados, bem sabeis, não têm o menor escrúpulo em enfeitar-se com os mais venerados nomes; assim, seria um disparate se eu, que sou um dos últimos e mais obscuros discípulos do Espírito de Verdade, me lamentasse do abuso que alguns fizeram de meu modesto nome; assim, repetirei incessantemente o que dizia a meu médium, há dois anos: “Jamais julgueis uma comunicação mediúnica pelo nome que a assina, mas apenas por seu conteúdo intrínseco.”
É urgente que vos ponhais em guarda contra todas as publicações de origem suspeita que aparecem ou que vão aparecer, contra todas aquelas que não teriam uma atitude franca e clara, e tenhais como certo que muitas são elaboradas nos campos inimigos do mundo visível ou do mundo invisível, com o objetivo de lançar entre vós o facho da discórdia.
Cabe a vós não vos deixardes apanhar, pois tendes todos os elementos necessários para apreciá-las. Mas, tende igualmente como certo que todo Espírito que a si mesmo se anuncia como um ser superior, e sobretudo como de uma infalibilidade a toda prova, é, ao contrário, o oposto do que se anuncia tão pomposamente.
Desde que o piedoso Espírito de François-Nicolas Madeleine teve a bondade de me aliviar de uma parte de meu fardo espiritual, pude considerar o conjunto da obra espírita e fazer a estatística moral dos obreiros que trabalham na vinha do Senhor. Ah! Se tantos Espíritos imperfeitos se imiscuem na obra que perseguimos, tenho o pesar maior de constatar que entre os nossos melhores auxiliares da Terra, muitos vergaram ao peso de sua tarefa e pouco a pouco tomaram a trilha de suas antigas fraquezas, de tal sorte que as grandes almas etéreas que os aconselhavam foram, desde então, substituídas por Espíritos menos puros e menos perfeitos.
Ah! Eu sei que a virtude é difícil, mas nem queremos nem pedimos o impossível. Basta-nos a boa vontade, quando acompanhada do desejo de fazer o melhor.
Meus amigos, em tudo o relaxamento é pernicioso, porque muito será pedido aos que, depois de se terem elevado por uma renúncia generosa à sua própria individualidade, caírem no culto da matéria, e ainda se deixarem invadir pelo egoísmo e pelo amor a si mesmos. Não obstante, oramos por eles e a ninguém condenamos, porque sempre devemos ter presente na memória este ensino magnífico do Cristo: “O que estiver sem pecado atire a primeira pedra.”
Hoje vossas falanges engrossam a olhos vistos e vossos partidários se contam aos milhões. Ora, em razão do número de adeptos, deslizam sob falsas máscaras os falsos irmãos dos quais ultimamente vos falou vosso presidente temporal. Não que eu venha recomendar-vos que não sejam abertas vossas fileiras senão às ovelhas sem mancha e as novilhas brancas; não, porque, mais que todos os outros, os pecadores têm direito de encontrar entre vós um refúgio contra suas próprias imperfeições. Mas aqueles dos quais vos aconselho que desconfieis são esses hipócritas perigosos, aos quais, à primeira vista, se é tentado e conceder toda a confiança. Com o auxílio de uma atitude rígida, sob o olho observador das massas, eles conservam esse ar sério e digno que leva a dizerem deles: “Que criaturas respeitáveis!” ao passo que, sob essa respeitabilidade aparente, por vezes se dissimulam a perfídia e a imoralidade.
Eles são acessíveis, obsequiosos, cheios de amenidades; eles insinuam-se nos interiores; eles entram voluntariamente na vida privada; eles escutam atrás das portas e se fazem surdos para escutar melhor; eles pressentem as inimizades, atiçam-nas e as alimentam; eles vão aos campos opostos, indagando, interrogando sobre cada um. O que faz este? De que vive aquele? Quem é fulano? Conheceis sua família? Depois os vereis ir surdamente desfilar na sombra as pequenas maledicências que conseguiram recolher, tendo o cuidado de envenená-las com untuosas calúnias. “São rumores em que a gente não acredita”, dizem eles, mas acrescentam: “Onde há fumaça há fogo, etc., etc.”
A esses tartufos da encarnação reuni os tartufos da erraticidade e vereis, meus caros amigos, quanto tenho razão de vos aconselhar a agir, de agora em diante, com extrema reserva e de vos guardardes de toda imprudência e de todo entusiasmo irrefletido.
Eu vo-lo disse, estais num momento de crise, dificultado pela malevolência, mas do qual saireis mais fortes, com firmeza e perseverança.
O número dos médiuns é hoje incalculável e é desagradável ver que alguns se julgam os únicos chamados a distribuir a verdade ao mundo e se extasiam ante banalidades que consideram monumentos, pobres iludidos que se abaixam ao passar sob os arcos de triunfo, como se a verdade tivesse esperado a sua vinda para ser anunciada. Nem o forte, nem o fraco, nem o instruído, nem o ignorante tiveram esse privilégio exclusivo, porquanto foi por intermédio de mil vozes desconhecidas que a verdade se espalhou, e é justamente por essa unanimidade que ela soube ser reconhecida.
Contai essas vozes; contai os que as escutam; contai sobretudo aqueles cujos corações elas tocam, se quiserdes saber de que lado está a verdade.
Ah! Se todos os médiuns tivessem fé! Eu seria o primeiro a inclinar-me diante deles. Mas eles não têm, na maior parte do tempo, senão fé em si mesmos, tão grande é o orgulho na Terra! Não, sua fé não é aquela que transporta montanhas e que faz andar sobre as águas! É o caso de repetir aqui a máxima evangélica que me serviu de tema quando me fiz ouvir pela primeira vez entre vós: Muitos serão os chamados e poucos os escolhidos.
Em suma, publicações à direita, publicações à esquerda, publicações por toda parte, pró ou contra, em todos os sentidos e sob todas as formas; críticas exageradas da parte de pessoas que dele nada sabem; sermões fogosos de pessoas que o temem; em suma, digo eu, o Espiritismo está na ordem do dia. Ele revolve todos os cérebros e agita todas as consciências, privilégio exclusivo das grandes coisas. Todos pressentem que ele leva em si o princípio de uma renovação, que uns apoiam com os seus votos e outros temem.
Mas, de tudo isto, o que restará? Desta Torre de Babel o que jorrará? Uma coisa imensa: a vulgarização da ideia espírita, e como doutrina, o que será verdadeiramente doutrinário!
Esse conflito é inevitável, porque o homem é manchado de muito orgulho e egoísmo para aceitar sem oposição uma verdade nova qualquer. Digo mesmo que esse conflito é necessário, porque é o atrito que desfaz as ideias falsas e faz ressaltar a força das que resistem.
Em meio a essa avalanche de mediocridades, de impossibilidades e de utopias irrealizáveis, a verdade esplêndida espalhar-se-á na sua grandeza e na sua majestade.
ERASTO

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

PROJETO CARAVANA DA FRATERNIDADE REGIONAL

-  PROJETO CARAVANA DA FRATERNIDADE REGIONAL -
CONSELHO REGIONAL ESPÍRITA
6ª REGIÃO FEDERATIVA
 FEDERAÇÃO ESPÍRITA RIO GRANDE DO SUL

Objetivo Geral:
Para promover a integração, a reflexão e o comprometimento entre os trabalhadores espíritas, este projeto tem o objetivo maior de disponibilizar o Conselho Regional Espírita da 6ª Região Federativa às casas espíritas federadas e não federadas a fim de auxiliá-los no aprimoramento de suas tarefas e adequar o Centro Espírita ao melhor atendimento de suas finalidades. Para tanto serão observados e colocados em reflexão os princípios expostos no item 5, Cap. XX de O Evangelho Segundo o Espiritismo “trabalhemos juntos e unamos nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra...Mas, ai daqueles que, por efeito de suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita, pois a tempestade virá e eles serão levados no turbilhão!..., pois aos que não recuarem diante de suas tarefas é que ele vai confiar os postos mais difíceis na grande obra da regeneração pelo Espiritismo”.            Também serão utilizadas as ferramentas de estudos existentes nas casas espíritas e na FERGS, para promover a harmonia, o crescimento, e a adequação do Movimento Espírita da 6ª Região Federativa.
Objetivos Específicos (resultados esperados):
a)      Abordar assuntos relacionados aos diversos departamentos, buscando ouvir as dificuldades e estabelecer atividades que possam minimizar as necessidades;
b)      Ampliar a atuação e desenvolver projetos viáveis na 6ª Região Federativa;
c)       Buscar a união fraterna entre as instituições espíritas, os espíritas e os demais setores da sociedade civil e religiosa;
d)      Divulgar e discutir o Opúsculo Orientação aos Órgãos de Unificação e Orientação ao Centro Espírita da Federação Espírita Brasileira e CFN;
e)      Integrar a Direção do Conselho Regional Espírita colocando-se a disposição para auxiliar nas questões referentes a palestras, cursos, dificuldades em geral;
f)       Organizar o 3º Ciclo de Palestras da região dentro dos princípios contidos no “Projeto – 1968, item Viagens, Obras Póstumas, Allan Kardec”, onde “Dois ou três meses do ano seriam consagrados a viagens, em visita aos diferentes centros e a lhes imprimir boa direção.”;
g)      Proporcionar a troca de experiências, bem sucedidas, entre as casas espíritas na área da gestão, da convivência e desenvolver o senso de união;
h)      Sustentabilidade da Casa Espírita (Projeto Cartão OBEM);
i)        Tratar das dimensões da 6ª Região e da possibilidade de propor uma divisão da mesma;
j)        Assuntos gerais.

                                             Metodologia:

1 – Reunião Plenária com todos os trabalhadores de cada UME que compõem a 6ª Região;
2 – Posteriormente às reuniões plenárias, realizar-se-ão reuniões com os diretores de departamentos e colaboradores, onde levantarão as suas necessidades;
3 – Após as reuniões setoriais, os setores apresentam suas conclusões novamente em uma planária para apresentar as sugestões de trabalho.
4 – Depois de concluída todas as  visitações da Caravana, o CRE6 organizará um Planejamento para ser executado durante o ano de 2012.

                                              Metas:

Realizar reuniões nos seguintes dias e cidades:

1)      Dia 16-03-2012, sexta-feira, às 19h00min em Rosário do Sul;
2)      Dia 17-03-2012, sábado às 09h00min em São Gabriel;
3)      Dia 17-03-2012, sábado às 15h00min em Cacequi; e
4)       Dia 17-03-2012, sábado, às 20h00min em Livramento;
5)      Dia 23-03-2012, sexta-feira, às 19 horas em Dom Pedrito;
6)      Dia 24-03-2012, sábado, às 09h00min, em Acegua;
7)      Dia 24-03-2012, sábado, às 15h00min, em Candiota;
8)      Dia 24-03-2012, sábado às 19h00min, em Pinheiro Machado;
9)      Dia 25-03-2012, domingo, às 09h00min, em Bagé;
10)   Tempo destinado a cada reunião, duas horas;
11)   Desenvolver, em cada UME, uma consciência onde cada integrante da 6ª Região comprometa-se com os resultados a serem alcançados;
12)   Identificar as carências de cada Casa e UME e
13)   Colocar em execução a partir do mês de março de 2012, as questões levantadas nas referidas reuniões

                                                    Participantes:

Presidente e Vice-Presidente do CRE6, Diretores dos Departamentos: doutrinário, DAFA, DIJ, DECOM e Secretaria.
Como Convidado Especial a Presidenta da FERGS.

                                             Justificativas:

“Mantenhamos o propósito de irmanar, aproximar, confraternizar e compreender e, se possível, estabeleçamos em cada lugar, onde o nome do Espiritismo apareça por legenda de luz, um grupo de estudo, ainda que reduzido, da Obra Kardequiana, à luz do Cristo de Deus”.
“Nenhuma hostilidade recíproca, nenhum desapreço a quem quer que seja. Acontece, porém, que temos necessidade de preservar os fundamentos espíritas, honrá-los e sublimá-los, senão acabaremos estranhos uns aos outros, ou então cadaverizados em arregimentações que nos mutilarão os melhores anseios, convertendo-nos o movimento de libertação numa seita estanque, encarcerada em novas interpretações e teologias, que nos acomodariam nas conveniências do plano inferior e nos afastariam da verdade”.
“Ensinar, mas fazer; crer, mas estudar; aconselhar, mas exemplificar; reunir, mas alimentar”.
“Em cada templo, o mais forte deve ser escudo para o mais fraco, o mais esclarecido a luz para o menos esclarecido, e sempre e sempre seja o sofredor o mais protegido e o mais auxiliado, como entre os que menos sofram seja o maior aquele que se fizer o servidor de todos, conforme a observação do Mentor divino”.
“Sigamos em frente, buscando a inspiração do Senhor”.
(Bezerra de Menezes (Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião da Comunhão Espírita Cristã, em 20-04-1963, em Uberaba-MG) (Reformador, dez./1975)
  
Dom Pedrito, RS, 12 de dezembro de 2011.

  
Pedro Edes Peçanha Espinosa
CONSELHO REGIONAL ESPÍRITA DA 6ª REGIÃO FEDERATIVA-FERGS