A RESPONSABILIDADE DO ESPÍRITA NO CONTEXTO ATUAL
O Espírita é diferente?
Por quê e em quê?
Façamos uma retrospectiva de como era
a sociedade na época em que Allan Kardec
iniciou a grande tarefa de Codificar o Espiritismo
e a luta inicial da sua divulgação.
Os homens naquela época, principalmente
em Paris, França, eram voltados ao aculturamento
geral através das Ciências, Artes
e Literatura, era o movimento ideal para a eclosão
da Verdade sob a luz da Razão. Segundo
Kardec a força mais poderosa contrária
à Doutrina Espírita era o Materialismo,
a filosofia de Nietzsche, o niilismo que rompe
os verdadeiros laços de solidariedade e
fraternidade, em que se fundam as relações
sociais.
Allan Kardec, apesar disso, analisando a força
da verdade, trazida pelos Espíritos, coloca
em “A Gênese”, cap. 18 –
Os tempos são chegados - , que a geração
futura traria com muita força esses conhecimentos
que beneficiariam a humanidade e isso destruiria
o Materialismo, “O Espiritismo será
uma alavanca impulsionando a evolução
da humanidade”, dizendo ainda “Em
tal estado de coisas o que poderão fazer
aqueles que quiserem opor-se ao Espiritismo.”
O homem moderno encontra hoje muitas dificuldades
para moralizar-se: as grandes descobertas, o avanço
científico e tecnológico, o consumismo
desvairado, a “sexolatria” e a ciência
médica materialista não conseguirão
ajudar, mas sim confundi-lo.
Todo esse adiantamento faz com que ele seja tomado
pelo orgulho e o orgulho, por sua vez, faz com
que se julgue maior que Deus. Desafia-O criando
com isso embaraços na sua caminhada evolutiva.
Dirão alguns e a pergunta, “O Espírita
é diferente?”, respondemos “Sim,
iguais mas diferentes”. São iguais
espíritos em evolução como
todos, com as mesmas dificuldades e problemas,
portanto não são diferentes, mas
devem agir de forma diferente, ou como dizia Paulo
de Tarso “Viver no Mundo, sem pertencer
ao Mundo”. Juvanir Borges de Souza, no seu
livro Tempo de Transição, coloca
que “a Doutrina Espírita não
transforma os caracteres dos seus profitentes
por processos mágicos”, para receber
sua benéfica influência tornam-se
necessárias duas iniciativas individuais,
intransferíveis: aceitá-la espontaneamente
e praticá-la na medida do possível,
cuidando, inclusive, da pureza doutrinária
e de nós mesmos. Paulo, em uma carta a
Timóteo escreve “Tem cuidado de ti
mesmo e da doutrina: persevera nestas coisas porque
fazendo isto te salvarás, tanto a ti mesmo,
quanto aos que te ouvem.”, e acrescentamos,
aos que vêem também.
Falta ainda a uma grande parte dos espíritas
a verdadeira fé. Aceitação
das provas sem queixas e revolta, o verdadeiro
conhecimento do Espiritismo no seu tríplice
aspecto – Religioso, Filosófico e
Científico.
Alguns preocupam-se apenas com os aspectos científicos,
outros com os filosóficos e tendo àqueles
que se preocupam com a mística religiosa.
É importante conhecer a si mesmo e usar
a ação moralizadora do Cristo. Não
somos diferentes, mas devemos agir de acordo com
a ética comportamental que Jesus nos legou.
Vivendo plenamente com alegria dentro dos ensinamentos
da Boa Nova.