sábado, 5 de janeiro de 2013

A RESPONSABILIDADE DO ESPÍRITA NO CONTEXTO ATUAL

O Espírita é diferente? Por quê e em quê?

Façamos uma retrospectiva de como era a sociedade na época em que Allan Kardec iniciou a grande tarefa de Codificar o Espiritismo e a luta inicial da sua divulgação.
Os homens naquela época, principalmente em Paris, França, eram voltados ao aculturamento geral através das Ciências, Artes e Literatura, era o movimento ideal para a eclosão da Verdade sob a luz da Razão. Segundo Kardec a força mais poderosa contrária à Doutrina Espírita era o Materialismo, a filosofia de Nietzsche, o niilismo que rompe os verdadeiros laços de solidariedade e fraternidade, em que se fundam as relações sociais.

Allan Kardec, apesar disso, analisando a força da verdade, trazida pelos Espíritos, coloca em “A Gênese”, cap. 18 – Os tempos são chegados - , que a geração futura traria com muita força esses conhecimentos que beneficiariam a humanidade e isso destruiria o Materialismo, “O Espiritismo será uma alavanca impulsionando a evolução da humanidade”, dizendo ainda “Em tal estado de coisas o que poderão fazer aqueles que quiserem opor-se ao Espiritismo.”
O homem moderno encontra hoje muitas dificuldades para moralizar-se: as grandes descobertas, o avanço científico e tecnológico, o consumismo desvairado, a “sexolatria” e a ciência médica materialista não conseguirão ajudar, mas sim confundi-lo.
Todo esse adiantamento faz com que ele seja tomado pelo orgulho e o orgulho, por sua vez, faz com que se julgue maior que Deus. Desafia-O criando com isso embaraços na sua caminhada evolutiva.

Dirão alguns e a pergunta, “O Espírita é diferente?”, respondemos “Sim, iguais mas diferentes”. São iguais espíritos em evolução como todos, com as mesmas dificuldades e problemas, portanto não são diferentes, mas devem agir de forma diferente, ou como dizia Paulo de Tarso “Viver no Mundo, sem pertencer ao Mundo”. Juvanir Borges de Souza, no seu livro Tempo de Transição, coloca que “a Doutrina Espírita não transforma os caracteres dos seus profitentes por processos mágicos”, para receber sua benéfica influência tornam-se necessárias duas iniciativas individuais, intransferíveis: aceitá-la espontaneamente e praticá-la na medida do possível, cuidando, inclusive, da pureza doutrinária e de nós mesmos. Paulo, em uma carta a Timóteo escreve “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina: persevera nestas coisas porque fazendo isto te salvarás, tanto a ti mesmo, quanto aos que te ouvem.”, e acrescentamos, aos que vêem também.

Falta ainda a uma grande parte dos espíritas a verdadeira fé. Aceitação das provas sem queixas e revolta, o verdadeiro conhecimento do Espiritismo no seu tríplice aspecto – Religioso, Filosófico e Científico.

Alguns preocupam-se apenas com os aspectos científicos, outros com os filosóficos e tendo àqueles que se preocupam com a mística religiosa.

É importante conhecer a si mesmo e usar a ação moralizadora do Cristo. Não somos diferentes, mas devemos agir de acordo com a ética comportamental que Jesus nos legou. Vivendo plenamente com alegria dentro dos ensinamentos da Boa Nova.