sexta-feira, 8 de julho de 2011

  O LIVRO DOS MÉDIUNS
Falar em Livro dos Médiuns nos dá a impressão de que se está falando de uma obra pertencente a uma categoria especial de pessoas, e que somente a estas pessoas interessaria.
No entanto, O Livro dos Médiuns é um livro de todos, que a todos nós pode interessar.
Nele mesmo encontramos a confirmação disto: A primeira frase do item que abre o seu Capítulo XIV diz que toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium. Essa faculdade é inerente ao ser humano...
Podemos então dizer que ele fala a todos os seres humanos, desde que todos somos médiuns, não na medida do desenvolvimento de nossas faculdades, mas na medida em que desejamos aprender a lidar com as influências espirituais em nossas vidas.
O subtítulo desta obra também é bastante esclarecedor: Guia dos Médiuns e dos Evocadores.
O que é um guia? É um roteiro, uma obra de orientação, podemos dizer, um mapa. De fato, O Livro dos Médiuns é como um mapa que nos descortina os territórios de mediunidade de maneira completa e minuciosa, respondendo questões básicas e analisando a fundo suas conseqüências.
O que é mediunidade? É a faculdade dos médiuns. (Cap. XXXII - Vocabulário Espírita)
Que são médiuns? São pessoas que sentem a influência dos Espíritos e que podem servir de intermediárias entre elas e os homens. (Itens 159 e 224).
Para que serve a mediunidade? Para servir à Humanidade. (Item 226).
Quais as qualidades essenciais de um bom médium? Desinteresse, modéstia e abnegação. (Cap. XXXI, XIV)
Onde praticar a mediunidade? Todo médium que sinceramente não queira se transformar em instrumento da mentira deve procurar produzir nas reuniões sérias. (Item 329)
O Livro dos Médiuns, situado por Kardec como continuação de O Livro dos Espíritos, é a conseqüência prática dos postulados filosóficos explicitados neste último, fundamentando-se nos seus princípios, como a existência de Deus e dos Espíritos, a imortalidade e a comunicabilidade dos Espíritos, a evolução e a vida no Plano Espiritual.
Por ocasião do lançamento de O Livro dos Médiuns, em janeiro de 1861, Allan Kardec manifestou seu desejo de que, conhecendo a fonte da mediunidade, pudéssemos nela haurir o ensinamento adequado a nos assegurar a felicidade futura - segundo suas próprias palavras. Diz ainda que seus esforços sempre tenderam a conduzir o Espiritismo a este objetivo.
O conhecimento da mediunidade e suas implicações nos ajuda, tanto na administração de nossa vida interior, reconhecendo e trabalhando com os pensamentos bons ou ruins, que não nos pertencem, mas que adentram nosso campo mental, quanto na vasta aprendizagem que se torna possível a partir do contato com Espíritos elevados e seus esclarecimentos, os quais nos chegam através de outros médiuns, na forma de livros ou mensagens, ou diretamente, pela via da inspiração.