sábado, 31 de dezembro de 2011


HERANÇA PARA 2012
 Hoje são 30 de dezembro de 2011, estamos na antevéspera do ano novo, temos muitas coisas boas para comemorarmos, porém, infelizmente, temos outras tantas a lamentarmos, o descaso de alguns o instinto selvagem de outros e o que é mais inacreditável o desleixo de outros tantos, é nesse sentido que quero falar no momento, lamentando o triste caso que presenciei hoje e que tive a oportunidade de registrar no clicar de uma companheira de boa memória, como era chamada antigamente (Kodak).
Entendemos que nossas Casas Espíritas são locais onde se acolhe fraternalmente, se estuda a Doutrina dos Espíritos, se pratica a caridade e a mediunidade, mas também se deve ter preocupação com o Meio Ambiente, orientando, esclarecendo e construindo uma visão de Saber Ambiental, para que as gerações futuras tenham a visão que nós não temos, a da responsabilidade e do comprometimento com o Meio Ambiente.
Fiz hoje uma volta fotografando locais na periferia da minha amada Cidade Dom Pedrito, onde meus irmãos Pedritenses colocam, inadvertidamente, o resíduo de seus prazeres, gerando, como poderão ver nas fotos um prejuízo gigantesco para a humanidade presente e futura, isso é lamentável e registro aqui com indignação, pois, tenho certeza que não é a população que ali vive, pelo menos não somente, que leva esse lixo todo para ser depositado em lugares que não são apropriados para esse fim, vejam nas fotos que tem lixeiras gigantes e que não estão sendo utilizadas, nem mesmo se dão ao trabalho de colocar o lixo nas mesmas, porque não colocá-lo na frente de suas residências para que o caminhão da coleta o faça?
Um dado da Cruz Vermelha: entre os anos de 1985 e 1996, 5,2 milhões de brasileiros foram afetados por enchentes, secas ou deslizamentos e na década seguinte passou para 12,8 milhões de pessoas. Isso nos leva a meditarmos, não será o momento de fazermos escolhas em favor da vida no seu sentido mais amplo? Transformar problemas em solução, crise em oportunidades? É o mínimo que se espera dos espíritas conscientes e sabedores da realidade da reencarnação, vamos esclarecer, mas também cobrar das autoridades, pois somos cidadãos e como tal fazemos parte da mesma sociedade.

Dom Pedrito, RS, 30 de dezembro de 2011.

Pedro Peçanha
Presidente do CRE6

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

                               E JÁ É ANO NOVO, OUTRA VEZ
 Quando chega, é sempre pleno de esperanças. Espera-se o Ano Novo para começar vida nova, para estabelecer novas metas de vida, propósitos renovados para tantas coisas...

        É comum as pessoas elaborarem suas listas de bons propósitos para o novo ano.

        Mesmo sabendo que o tempo somente existe em função dos movimentos estabelecidos pelo planeta em que nos encontramos, é interessante essa movimentação individual, toda vez que o novo período convencional de um ano reinicia.

        Mas, falando de lista de bons propósitos, já se deu conta que, quase sempre, esquecemos o que listamos?

        Alguns até esquecemos onde guardamos a tal lista, o que  atesta da  pouca disposição em perseguir os itens elencados.

        Ano Novo deve ter um significado especial.

        Embora o tempo seja sempre o mesmo, essa convenção se reveste de importância na medida em que, nos condicionando ao início de uma etapa diferente, renovada, sintamo-nos emulados a uma renovação.

        Renovação de hábitos, de atitudes, como estar mais com a família, reorganizando as horas do trabalho profissional.

        Importar-se mais com os filhos, lembrando-se de não somente indagar se já fizeram a lição, mas participar, olhando, lendo as observações feitas pelos professores nos cadernos, interessando-se pelos conteúdos disciplinares.

        Sair mais com as crianças. não somente para passeios como a praia, a viagem de férias.

        Mas, no dia a dia, um momento para um lanche e uma conversa, uma saída para deliciar-se com um sorvete.

        Outros, para só ficar olhando a carinha lambuzada de chocolate, literalmente afundando-se na taça de sorvete.

        Outros, mais longos, para acompanhar o passo vacilante de quem está aprendendo a andar.

        Uma tarde para um papo com os que já estão preparando a mochila para se retirar do cenário desta vida, quem sabe, nos próximos meses?

        Isto é viver Ano Novo. Sair com amigos, abraçar amigos, sorrir pelo simples prazer de sorrir.

        Trocar e-mails afetuosos, não somente os corriqueiros que envolvam decisões e finanças. Usar o telefone para dar um olá, desejar boa viagem, feliz aniversário!

        Bom, você também pode fazer propósitos de comer menos doces ou diminuir os carboidratos da sua dieta, visando melhor condição de vida ou simplesmente adequar seu peso.

        Também pode pensar em mudar o visual. Quem sabe modificar o corte de cabelo, tentar pentear para outro lado, fazer uma visita ao dentista.

        E é claro, um bom check-up. Porque cuidar da saúde é essencial.

        Bom mesmo é não esquecer de formular propósitos para sua alma.

        Assim, acrescente na lista: estudar mais, ler mais, entender mais o outro, devotar-se a um trabalho voluntário, servir a alguém com alegria e bom ânimo.

        Com certeza, cada um terá outros muitos itens a serem acrescentados à lista.

        Até mesmo coisas simples como alterar os roteiros de idas e vindas do trabalho-lar-escola.

        Ou coisas mais complicadas, como se dispor a pensar um pouco no outro e não exclusivamente em si, no relacionamento a dois.

        Imprescindível, no entanto, é que você coloque a lista à vista, para olhar muitas vezes, durante todo o novo ano.

        Importante que se lembre de lê-la, para ir acompanhando o que já conseguiu e onde ou em que ainda precisa investir mais, insistindo, até a vitória.

        Seja este Ano Novo o ano de concretas realizações na sua vida!

Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

          PERMANENTE NATAL           
Ele nasceu em uma estrebaria, oculto aos olhos dos poderosos de Sua época.
Teve Seu nascimento anunciado aos simples, que traziam os corações preparados para O receber.
A orquestra dos céus se fez presente e a ópera dos mensageiros celestiais O anunciou a quem tivesse ouvidos de ouvir.
Jesus! Ninguém que O igualasse.
Alto e belo, chamava a atenção por onde transitasse. Os trigais se dobravam à Sua passagem e os ventos iam à frente, anunciando-Lhe a chegada.
Por onde passou, deixou indelével o Seu perfume. Não conduzia guerreiros, nem serviçais pomposos.
A voz do povo O anunciava e Seus cantos chegavam aos ouvidos de todos, mesmo daqueles que pretendiam se fazerem surdos.
Sua mensagem atingia os corações e, como hábil agricultor, semeou a esperança e a fé nos terrenos mais áridos.
Rei das estrelas e Governador do Mundo, fez-Se simples e evidenciou à saciedade a importância das coisas pequenas, dos serviços humildes.
Ele próprio serviu na carpintaria, modelando formas na madeira. E, mais tarde, servindo-Se de  uma toalha e água, lavou os pés dos Seus apóstolos.
Tomou de um grão de mostarda e o fez símbolo da fé que move montanhas.
Utilizou-Se da água pura, jorrada das fontes cristalinas, para falar da água que sacia a sede para todo o sempre.
Tomou do pão e o multiplicou, simbolizando a doação da fraternidade que atende o irmão onde esteja, e com ele reparte o pouco que tem.
Falou de tesouros ocultos e  de moedas perdidas. Recordou das profissões menos lembradas e as utilizou como exemplo, Ele mesmo denominando-Se o Bom Pastor, que conhece as Suas ovelhas.
Ninguém jamais O superou na poesia, na profundidade do ensino, na doce entonação da voz, cantando o poema das bem-aventuranças, no palco sublime da natureza.
Simples, mostrava Sua sabedoria em cada detalhe, exemplificando que os grandes não necessitam de ninguém que os adjetive, senão sua própria condição.
Conviveu com os pobres, os deserdados, os considerados párias da sociedade, tanto quanto visitou e privou da amizade de senhores amoedados e de poder.
Sempre nobre, porém simples e humilde.
Agora, que o Natal canta alegrias aos corações, mais do que nunca, se pode ouvir-Lhe a voz doce, convidando ao amor.
E, por isso mesmo, as criaturas se movimentam de forma mais intensa e se doam. São brindes, presentes, alimentos e agasalhos.
É o próprio ser que esquece de si e se doa. Doa as horas do seu dia. Com um sorriso nos lábios, abre os braços e agasalha o outro no próprio coração.
Depõem-se as armas. Silenciam-se os combates. Faz-se paz nos campos de batalha da intimidade e do Mundo.
Tudo porque o aniversário Dele se aproxima. E, embora ainda infantis na arte de amar, todos podemos sentir que Ele se faz mais presente, porque abrimos o nosso cofre do sentimento e Lhe permitimos penetrar.
São dias de felicidade os que vivemos no Natal. Tudo em nome de um Homem e de Sua mensagem.
*    *   *
Ah, Jesus! Como seria bom se, de uma vez para sempre, todos pudéssemos Te entender e fazer Natal permanente em nossas vidas.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita Especial
de Natal, v. 15 e no  livro Momento Espírita, v. 7, ed. Fep.
Em 31.01.2010.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

COM AMOR
          “Jesus veio até nós a fim de ensinar-nos, acima de tudo, que o amor é o caminho para a Vida Abundante”. ( Emmanuel, no Livro “Fonte Viva”, psicografia de Francisco Cândido Xavier, item 67)

          A vida que vivemos não é diferente daquela que todos vivem. A dor campeia à solta, a aflição fere nossos sonhos, a sombra desafia a luz tentando apagar-lhe o brilho, a enfermidade promove o desconforto das criaturas, a violência provoca tragédias, a preguiça faz nascer a carência, a solidão arrasta ao desespero. Assim caminha o homem, sofrendo muito, mas desejando ardentemente o seu bem-estar.
          Jesus, o Amigo Divino, em oportunidades múltiplas ensinou-nos, com insistência, que somente o amor será capaz de erguer a criatura humana, tirando-a dos vales escabrosos da ignorância para os cumes iluminados da grandeza espiritual. E, essa tarefa hercúlea, precisa da ação forte e determinada dos seres humanos que se convenceram da oportunidade, valor e necessidade das indiscutíveis lições do Cristo.
          Assim, tendo conhecimento de que o egoísmo é a maior chaga da humanidade e o orgulho, como sendo outra não menos avassaladora, será preciso deitar demoradas reflexões, buscando com avidez os recursos do amor, esse sentimento que supera tudo e abre caminho para a vida abundante.
          Com amor, teremos forças para calar diante de uma agressão, compreendendo que aquele que ofende e esparrama a discórdia, no fundo, é alguém que por si só já sofre o bastante.
          Com amor, conseguiremos ampliar nossa paciência, objetivando socorrer quem Deus confiou à nossa guarda.
          Com amor, obteremos mais forças, coragem e determinação, ante as naturais dificuldades da vida, aquelas que desafiam as nossas pretensões e fazem amadurecer nossos sentimentos, como o calor do fogo tempera a resistência do ferro.
          Com amor, trabalharemos um tanto mais pela implantação do reino de Deus na Terra, mesmo sabendo que essa tarefa não é fácil e nem se realizará tão cedo, pois há dois mil anos foi iniciada por Jesus e até o presente momento ainda não chegou ao final.
          Com amor, seremos sensíveis às causas sociais, observando em cada criança, jovem , adulto ou idoso que esteja fora do contexto social, um irmão a ser auxiliado, atendido e respeitado.
          Com amor, não teremos dificuldades em entender que enquanto existir uma única pessoa, seguindo pelos caminhos do desequilíbrio, a paz que sonhamos e a felicidade que buscamos não obteremos, pois que a segurança estará ameaçada.
          Com amor, compreenderemos a urgente necessidade de caminharmos com o Cristo, não numa contemplação vazia, numa adoração fantasiosa, mas dando verdadeiras amostras do cristianismo praticado, aquele que nasce da humildade, da simplicidade e da real doação de si mesmo, ou seja, que surge da caridade do suor, da caridade do doar-se, muito superior e infinitamente mais valiosa daquela de dar alguma coisa.
          E, não tenhamos qualquer dúvida, todo aquele que grassar o amor na direção dos outros, terá o amor que lhe chegará das esferas superiores da vida, pois que a Lei de Deus é de compensação, conforme apregoou a palavra evangélica: “é dando que se recebe”.

sábado, 3 de dezembro de 2011

RESPEITO E EDUCAÇÃO
           Numa de suas parábolas, o Mestre Jesus colocou: "... bem aventurados os brandos e pacíficos....". Nos dias atuais, poder-se-ia parafrasear: "... bem aventurados os respeitosos e educados...".
Na verdade, as duas frases, em se analisando a sociedade atual, refletem uma grande necessidade: a do respeito e a educação no trato com os semelhantes.
Infelizmente, o egoísmo, o egocentrismo e a prepotência têm prevalecido nas relações societárias. Parece mesmo que o mau proceder se espalha e se insinua cada vez mais.
Vemos comportamentos agressivos e desrespeitosos, no trânsito, na rua, no trabalho, na escola, nos ambientes públicos e, mesmo no lar. Sem sombra de dúvida, isso reflete a falta de educação, entendida aqui como o respeito ao semelhante e a natureza.
Desde o berço, passando pela educação familiar e a educação formal (escolar) e chegando ao comportamento diário, está se deixando de lado a educação para o respeito ao próximo e a seus direitos.
É preciso que se reflita que a falta de educação, no sentido em que aqui está sendo exposta, significa principalmente e acima de tudo, falta de amor. Quem não respeita seu semelhante, efetivamente não o ama, e vice-versa.
Fica fácil perceber, por correlação direta, que educar é ensinar a amar, no caso ensinar-se o amor ao semelhante e a natureza.
Pode-se reverter a falta de respeito e educação? Claro que sim. Isso é uma necessidade para que a Sociedade efetivamente evolua e cresça.
E o caminho é o da educação, entendida agora como a facilitação do aprendizado, para que as pessoas, em especial os jovens, incorporem na prática diária o respeito e o amor ao próximo e a natureza.
Essa educação inicia-se e consolida-se em casa, através dos pais, a quem cabe dar limites, orientações e, principalmente, exemplificação. Essa educação deve ser exigida, incentivada e também exemplificada na Escola, em todas as suas etapas e níveis, adequando-se a Legislação para permitir uma maior disciplina, mas também qualificando os Educadores para tal. Essa educação deve ser "cobrada" de si mesmo pela Sociedade, num mecanismo de auto-fiscalização, onde o mau proceder seja denunciado e coibido, e o bem proceder valorizado e elogiado, pelas pessoas, pelos grupos organizados, pela Imprensa e todas as formas de mídia de comunicação. Essa educação passa pelas Religiões, que devem deixar de um pouco de lado o rito e o simbolismo e valorizar a vivência diária, que é onde a Criação Divina se manifesta, nas pessoas e na natureza.
Enfim, é necessário que nos decidamos, como Sociedade e até como Humanidade, por efetivamente buscar a educação, em todos os seus sentidos.
Eduquemo-nos a sermos educados. Em todos os lugares. Em todos os momentos.